
Agarraram um ao outro e jogaram-se do abismo, sem pestanejar. O céu cedia a claridade para a escuridão da profundidade e, quando perceberam, o sol já não brilhava. Continuavam se olhando, sem se importar com o tamanho ou o tempo de queda livre. Ambos voavam juntos, sem medo, e continuavam descendo e descendo, parecendo que, na verdade, não saiam do lugar. Então, ocorreu o beijo: os lábios se tocando, e as almas também. Naquele último instante, despencaram na cama sorrindo.
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